Alexandre Saint-Yves nasceu em 26 de março de 1842, em Paris, sob o signo de Áries com ascendente em Sagitário, ou seja, sob um duplo signo de fogo.

Morreu em 6 de fevereiro de 1909, em Pau (nos Pirineus-Atlânticos).

Ainda que tenhamos algumas dúvidas sobre o caráter totalmente objetivo de sua autobiografia, devemos admitir que a principal fonte de sua biografia se encontra no “Pro Domo” que constitui a primeira parte de sua obra “A França Autêntica” publicada em 1887. Neste texto em forma de discurso ante tantas críticas e múltiplos ataques de que era objeto, encontramos algumas informações essenciais, ficando claro que os detalhes de sua vida privada não nos interessam.

Seu pai era alienista (hoje se diria psiquiatra) e empenhava-se em que seu filho tivesse uma boa educação.

Muito cedo, o jovem Saint-Yves mostrou-se ao mesmo tempo inteligente e capacitado para os estudos, mas rebelde. Confessou ter aceitado de mal grado as obrigações de um ensino que deixava pouco espaço para que as crianças se realizassem. É a velha luta entre “cabeças bem montadas” e “cabeças bem feitas”.

Os estudos lhe iam muito mal até que se encontrasse, em Metz, com um senhor que dirigia uma escola na qual, afortunadamente, se privilegiava as “cabeças bem feitas”.

Depois do estudo secundário, ingressou na Escola de Medicina Naval de Brest. Esteve ali por três anos e visivelmente o único proveito que tirou foi aprofundar-se no estudo das propriedades e virtudes das algas marinhas, sobre as quais escreveria uma obra: “Da utilidade das algas marinhas”.

Saint-Yves d’Alveydre nasceu nos últimos anos da Restauração, sob o reinado liberal de Luis Felipe I, rei dos Franceses (mas não da França). Este último rei pertencia à linhagem dos Orleáns e era descendente do famoso Felipe-Igualdade, que tinha mandado seu primo Luis XVI à guilhotina. Sabe-se que este último tinha sido condenado à pena de morte por um só voto de maioria, e foi justamente seu primo quem votou pela sua condenação à morte.

Saint-Yves d’Alveydre tinha seis anos quando estalou a Revolução de 48, a queda da monarquia, a proclamação da Segunda República e a eleição do príncipe Luis-Napoleão Bonaparte, sobrinho de Napoleão 1º e neto de Josefina de Beauharnais, a primeira esposa do imperador. Três anos mais tarde, em 1851, o príncipe-presidente deflagará um golpe de Estado que o fará imperador sob o nome de Napoleão III.