Prometeu e Pandora
Mitologia Greco-Romana
Júpiter diz a Prometeu: “Filho de Iápeto, rejubilas-te por haveres roubado o fogo divino e iludido a minha sabedoria; mas esse ato será fatal a ti e aos homens que hão de vir. Para vingar-me, enviarlhes-ei um funesto presente que os enfeitiçará e fará com que amem o seu próprio flagelo.”
(Hesíodo).
Por serem concebidos sob os auspícios dos espasmos de Gaia, os imortais desfrutavam de privilégios. Donos de matéria sutil, metamorfoseavam-se e se multiplicavam. No Olimpo não havia a idéia de perfeição conforme a concebemos a partir do Cristianismo, pois segundo o pensamento clássico, no Universo, tudo, absolutamente tudo, está em processo de evolução, portanto, da ameba aos deuses todos evoluem todo o tempo. Assim, Hera andava infeliz porque seus filhos gerados com Zeus, do qual era irmã, eram criaturas grotescas, eventualmente deformadas, a exemplo dos cíclopes, tríclopes e depois os titãs. E o deus do Olimpo, compadecido pela dor de sua mulher, mandou que exterminassem os titânicos, e uma batalha entre eles e os olímpicos foi instaurada.
Céu e terra já estavam criados. A parte ígnea, mais leve, havia se espalhado e formado o firmamento. O ar colocou-se em seguida. A terra, sendo a mais pesada, ficou para baixo e a água ocupou o ponto inferior, fazendo flutuar a terra. E neste mundo assim criado, habitavam as plantas e os animais. Mas faltava a criatura na qual pudesse habitar o espírito divino. Foi então que chegou à terra o titã Prometeu, descendente da antiga raça de deuses, destronada por Zeus.