Relatos de um Peregrino Russo
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“Quando um peregrino vem nos visitar, prostremo-nos ante ele. Não ante o homem, mas, ante Deus”. Se for desta forma, e é de autoridade quem o pronunciou[1], eu diria, o é de modo eminente pelo que se refere ao protagonista, como também relator, da obra que nos ocupa.
Pela porta que abriremos para acolher este peregrino solitário, irá penetrar de algum modo a presença de Deus; viva presença que iluminará nossa alma na medida de nossas necessidades e de nossos anseios.
Exortação magnífica e poderosa à vida espiritual, como que um guia, estímulo e consolo, este “pequeno clássico” da espiritualidade, pequeno por sua simplicidade e humildade, e “clássico” por sua extraordinária difusão e acolhida, é obra, sem dúvida, de um perito guia de almas, capaz de ordenar em uma seqüência gradual, não segundo uma ordenação lógica ou, para o caso, teológica, mas especificamente espiritual uma série de relatos que, a primeira vista, podem parecer desprovidos de uma ligação e intenção determinadas.