A Arte do Sonho
Simbolismo e Hermetismo
A nossa mente interior está em constante relação com os mundos invisíveis; nós não nos apercebemos disto porque nos falta o instrumento transmissor.
É preciso então tornar este registro mais fácil e mais extenso. Aqui damos dois métodos. O primeiro é exterior; recomenda uma série ou séries de exercícios graduais que, apoiando-se em um conhecimento mais ou menos verdadeiro da máquina humana, harmonizam o seu funcionamento e sutilizam as suas sensibilidades.
Aqui tudo depende da ciência do praticante; facilmente se cometem erros ao manipular organismos tão delicados e complexos como a mente humana. As desordens mais graves e mais tenazes podem ser suscitadas por uma falta de diagnóstico, por uma hora mal escolhida, por uma excitante mal dosada ou por uma falsa correspondência.
Sabemos a que uma droga deve a sua virtude?
O seu uso pode ligar o nosso sistema nervoso a poderes desconhecidos; conhecemos as terríveis conseqüências da morfina, da cocaína, das bebidas alcoólicas. E todas estas substâncias não trazem uma força nova; a sua ação é simplesmente despolarizante; elas retiram fluido de um ponto do corpo para colocá-lo em um outro, de modo que o praticante imprudente vê a sua saúde geral tornar-se precária e sua vontade impotente para governar os impulsos irresistíveis de seu ser vegetativo.