Beata Elisabete da Trindade

Santos(as)

Maria Elisabete Catez (1880 – 1906)

“Sinto-O tão vivo na minha alma. Só tenho que recolher-me para encontrá-Lo dentro de mim, e faz toda a minha felicidade. Ele colocou no meu coração uma sede infinita e uma tão grande necessidade de amar, que só Ele pode saciar”.
“Como compreendo, agora, o recolhimento e o silêncio dos santos que não conseguiam mais abandonar a sua contemplação”.

Prólogo

“As reuniões que eu andava frequentando com minha mãe me entediavam e me deixavam sem gosto. É que quando Deus nos chama e entra em nosso coração, as coisas perdem o seu sabor. Nunca compreendi tão bem as palavras da poesia de São João da Cruz:

Se agora, em meio à praça,
Já não for mais eu vista, nem achada,
Direis que me hei perdido,
E, andando enamorada,
Perdidíssima me fiz e fui ganhada (C29).

Algo de extraordinário ia acontecendo na minha alma. Mas não sabia explicar, não podia compreender a ação de Deus em mim, cada vez mais. Era para mim um grande sofrimento recomeçar a vida cotidiana: visitas, encontros, conversas que não mais preenchiam o meu coração. Estava muito desejosa de que alguém me pudesse explicar o que estava acontecendo em mim…

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