Carta a Teófilo

Simbolismo e Hermetismo

Carta A Teófilo

21 de Dezembro – levei comigo para o leito as impressões mais fortes e as dúvidas mais profundas a respeito da Arte e da Transmutação dos metais.

As palavras do alquimista Basílio Valentin ecoavam em minha mente e eram repetidas tão lentamente, que me lembravam uma Litania de defuntos: “Após ter suportado o temor próprio do homem, comecei a considerar, na simplicidade da natureza, os infortúnios deste mundo e intimamente chorei as faltas cometidas por nossos primeiros pais. Pois sobre a terra não se encontra lugar para o arrependimento, os homens pioram e não se aplicam ativamente à penitência à vista das penas que sofrerão, imperscrutavelmente eternas; por isso apressei-me, tanto quanto pude, por livrar-me do mal, renunciar ao mundo e dedicar-me a Deus como servidor … como servidor … como servidor…”.

A morte, passou por mim aquela noite. Sua herança foi uma sensação tão terrível, que hoje recorda como um sonho.

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