Ladainha de Loreto ou Lauretana

Orações Diárias

As ladainhas marianas são bastante numerosas no Oriente, e abrangem uma grande extensão de temas, alguns dogmáticos, outros de características morais e patrióticas. Eis alguns exemplos dessas ladainhas: a “Epitaphian Threnos”, recordando o sofrimento de Maria na Sexta-feira Santa. (Symeon Metaphrastes, PG 114, 29); o dogmático Cânon de John Monachos Zonaras em homenagem a “Panhagia Theotokos” (PG 135, 413-422); de natureza mais patriótica é o “Cânon à Mãe de Deus em tempo de guerra iminente” (Euchologion 563-567, Beck 555,3) provavelmente de João Mauropous.

Finalmente, o intercessório “Cânon para Theotokos”, de Euthymos Monachos Synkellos (Euchologion 232-237) enfatiza a confissão de um pecador.

No Ocidente, a única ladainha aprovada é a de Loreto ou Lauretana, assim denominada pelo seu uso no santuário de Loreto (uma pequena cidade costa oriental da Itália central) desde 1531, pelo menos.

Foi oficialmente aprovada em 1587 pelo Papa Sisto V. Sua origem se deve, acredita-se, a uma ladainha da Idade Média rimada (veja Manuscritos de Paris Nat. lat. 5267, fol., 80r) influenciada pela devoção mariana do Oriente, em especial, pelo famoso Hymnos Akasthistos. Contrastando com a Ladainha dos Santos, bem mais antiga, a Lauretana é puramente invocacional. Finalmente, como pode ser observado, por exemplo, no assim chamado Officia Mariana, muitas outras ladainhas estavam e estão ainda em uso, mas destinadas à devoção particular.

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