Cabala e Tradição Judaica
MELKI-TSEDEK, SHEKINAH E METATRON
OS INTERMEDIÁRIOS CELESTES
Por Tau Athanasius, 1996 EG
Através dos milênios persiste o mito de Melki-Tsedek como um mistério inalcançável e desconhecido para o ser humano.
Unicamente seres muito especiais através da história tem sido capazes de perceber o verdadeiro conceito e a importância que abarca a clássica formula de ordenação sacerdotal “E para sempre serás sacerdote da Ordem de Melki-Tsedek”.
A ordenação sacerdotal basicamente e uma iniciação e como tal e um processo que torna possível que o processo de individualização do homem se acelere respeito ao habitual no curso natural da evolução humana.
Este processo que se caracteriza pela unificação das características masculinas e femininas num ser humano, o que leva a união da função da mente que conhecemos como Razão e a função do coração conhecida como Intuição, e a premissa básica para a união de sua natureza humana e divina.
Como consequência o ser humano que tenha querido, tenha sabido e se atreveu a passar a morte ritual e tenha renascido como no mito da Fênix, e o único que pode pertencer à Ordem de Melki-Tsedek, Ordem do Mundo Interno que jamais poderia manifestar-se no plano físico e unicamente composta por iniciados das verdadeiras Escolas de Mistério.
Melki-Tsedek se considera habitualmente como uma imagem arquetípica do Sacerdócio Judaico – Cristão e, portanto, como Mestre da Santa Eucaristia, já que no Rito de Ordenação se usa o Salmo 110,4 “Tu és sacerdote in a eternun secundun ordinem Melquisedek.”
Porém, por trás destas curtas palavras se encerra uma verdade mais profunda. Em verdade, Melki-Tse-dek significa “Rei del Mundo” e é sob este título que se vê a função desde o ponto de vista da tradição judaico-cristã.
Na Epístola aos Hebreus 5,11, Melki-Tsedek é considerado como o Rei de Salem e Sacerdote do Deus Altíssimo (El-Eliom), quem abençoou a Abram iniciando-o, o qual assim passou a chamar-se Abraham.
É, pois, rei e sacerdote, e seu nome significa tanto Rei de Justiça como Rei da Paz (Salem = Paz). Ao contrário do que se pensa habitualmente ‘Salem’ não e nenhuma cidade, ainda que sempre haja sido considerada a mítica residência de Melki-Tsedek e equivalente à mítica cidade de Agartha.
Há que acrescentar que a palavra ‘Salem’ não tem nenhuma relação direta com a partícula final da palavra Jerusalém, antes chamada Jebus. Se não ao fato de que o Templo de Jerusalém fora