O que ocorre a nossos mortos
Papus
Meu velho amigo e editor Henri Dangles teve a excelente ideia de publicar uma nova edição – a terceira – de um dos opúsculos póstumos de nosso grande e saudoso PAPUS (Dr. Gerard Encausse). Estas últimas e luminosas páginas foram a última obra de Papus. Foi redigida alguns meses antes de seu faecimento, e publicada a título póstumo em 1918.
Mobilizado como médico chefe de uma equipe cirúrgica de campanha, em 1914, meu querido pai se devota plenamente ao serviço dos feridos durante os meses que passou na fronte. Foi também durante este período de sua existência terrena que ele escreveu estas páginas seguintes, tão emotivas quanto reconfortantes, ao mesmo tempo. Como se sabe, ele foi vítima de sua dedicação e, gravemente doente, teve de regressar por fim a Paris, onde, em 25 de Outubro de 1916, viria a falecer apenas aos cinquenta e um anos.
Enxuguemos nossas lágrimas, ouçamos esta grande voz do além-túmulo e de todo coração, agradeçamos àquele que, pelo bem de muitos seres humanos, foi e continua sendo um guia, um amigo, um Consolador, um Mestre em toda a pura e bela acepção do termo.
Dr. Philippe Encausse
(25 de outubro de 1962)