O Réquiem em Ré Menor de Mozart
Cristianismo
A maior parte dos temores das pessoas comuns se refere à morte e à incerteza do pós-vida. Há séculos religiões e cultos abordam justamente isso, ensinando a não temer e a respeitar essa “passagem” como muitos chamam. Muitas religiões primitivas tinham um deus específico para os mortos, e esse misto de temor e respeito quanto à inevitabilidade de todos também tem lugar na igreja que nasceu cerca de dois mil anos atrás.
O principal ritual da igreja católica, a missa, per si, é uma referência à última ceia que antecedeu o sacrifício de Jesus Cristo e sua posterior vitória sobre a morte. A principal parte da missa é a Eucaristia ou, como conhecemos popularmente, Comunhão, sacramento que também é a essência da fé cristã. A missa foi por muitos séculos celebrada em latim, embora muitas igrejas ortodoxas usassem o vernáculo, idioma cotidiano. Essa prática foi tornada universal com o Concílio Vaticano II, em 1963. Como a fé cristã diz que todos fazem parte do corpo de Deus, vivos e mortos, existe desde os tempos mais remotos da igreja a prática de se rezar ou celebrar missas em intenção de entes queridos. A missa solene dos mortos é chamada Réquiem, nome retirado da primeira frase cantada, “Requiem aeternam”