Poema de Natal
Poemas
Recebi o Batismo em um dia de Natal.
Sou grata aos meus padrinhos, que me abençoam, no céu.
Existem. Além da minha compreensão.
Admiro agora um quadro com a imagem de Jesus.
Eu não sei se Ele tinha essa aparência… seria uma inspiração, ou um desejo de que Ele assim fosse?
Gostei do xale marrom, cor da Terra.
E da roupa vermelha e branca, como as células brancas e vermelhas do nosso sangue.
Sim, Ele é o Todo desta humanidade perdida dentro de nós.
Neste Natal, Jesus, permita-nos compartilhar uma centelha da Tua Natureza.
E ter esse sorriso doce, apesar da tristeza profunda, por esta humanidade perdida…
A Natureza chora, e geme, porque sente as dores do Parto.
E Cristo quando nos olha? Se Ele é uma criança… quem o protegerá?
Se Ele é a Mãe parturiente, quem dela cuidará?
Se Ele é o Pai, maravilhado e preocupado, quem a ele apoiará?
Se estão ameaçados de morte, quem os protegerá, levará ao Egito?
Até que Tu cresças, ó Jesus, em nós, quantos anos…
Permaneces em Nazaré, aprendendo teu ofício…
Mas se queres Manifestar-Te, Jesus, sabes o caminho. Prevês o Cálice com Sangue, a Cruz, e o Gólgota.
A Tua Mãe estará contigo, Madalena e outras mulheres, e teu amigo João.
Os outros não têm medo.
Sabias de tudo, Jesus… por que nasceste?
Não sabias… mas querias nascer… e encontrar a nossa humanidade perdida ?
Então vem, Jesus, chegou a hora.
Permita-me cooperar como parteira.
Preparo-me para cortar esse cordão com este outro Mundo Sagrado, isso sangra!
Deixa-me olhar o teu Rosto, aquecer-Te, oferecer um copo de água a Tua Mãe.
E me mostra o caminho que devo seguir, no deserto,
onde a loucura não alcança a vida das crianças inocentes, nem as pode ferir.
Ah, Jesus, nós já fomos crianças um dia…
Mas perdemos a memória!
Esta inocência queremos de volta…
É o Teu Segredo… porque nunca a esqueceste.
E vive em Ti todos os tempos, desde o Princípio.
O vento apaga as marcas na areia.
E Tu, Jesus, estás salvo. Por enquanto…
E esta humanidade reencontrada.Por enquanto…
Por Lorena Elisabeth